domingo, 1 de julho de 2012

Paper sobre a Ciência e a Ciência da Informação.



            A afirmação de Tomanik “[...] a realidade é sempre mais complexa do que podemos perceber; por isso pesquisamos. Ela é sempre diferente do que gostaríamos que fosse; por isso tentamos modificá-la [...]” expõe o papel da ciência: tentar compreender a realidade. Os cientistas “trabalham” para investigar a realidade mediante suas diversas facetas e possibilidade de análise. A imparcialidade, a transparência e a veracidade científica dos resultados dos estudos são garantidas por meio de normas, avaliações, métodos e técnicas, por mais que os pesquisadores possuam opiniões, crenças e valores.
            A Ciência da Informação possui como objeto de estudo algo abstrato, polêmico e de extrema importância para todas as áreas: a informação.  A utilidade desse objeto em diversas áreas é tão variada que “permite” o desenvolvimento de estudos sobre diversas perspectivas, uso, armazenamento, recuperação, apresentação, disseminação, dentre outros. O grande risco, no entanto, é que essa gama de possibilidades de estudo possa gerar “questões problema” as quais não refletem os anseios de uma pesquisa científica, cuja solução seria apenas para resolver anseios organizacionais ou pessoais em que a finalidade não é a de contribuir para o entendimento de um fenômeno/objeto. A CI, por estar inserida nas Ciências Sociais Aplicadas, pode expor problemas de pesquisa os quais dificulte a percepção do que é um problema relacionado a ciência do que seria uma questão administrativa (de processos) ou mercadológica. Entretanto as teorias e conhecimento desenvolvidos por meio de pesquisas contribuíram para fomentar e evoluir as questões práticas pertinentes à CI.
Creio que a ciência “exista” para tentar compreender o mundo e o universo no qual vivemos bem como para tentar entender e desenvolver as invenções e descobertas produzidas pela humanidade ao longo dos séculos. As descobertas fazem parte desses experimentos que buscam entender algo, e nem sempre possuem uma utilidade para a sociedade incluída nos objetivos de um trabalho/pesquisa científico (a). A utilidade da ciência para a sociedade viria após o entendimento de um fenômeno específico.
Essa compreensão permitiu entender que com a dissertação a minha função como “pesquisadora” não é de tentar solucionar um problema isolado, mas sim de tentar entender como ocorre meu fenômeno de pesquisa (interação humano-computador diante interfaces de periódicos científicos eletrônicos em Ciência da Informação) e talvez o conhecimento do fenômeno possa resultar em aplicações práticas em benefício daqueles que utilizam tal interface. Agora tenho consciência de que o meu trabalho não vá resolver os problemas das interfaces de periódicos eletrônicos, pois não é esse não é o objetivo da pesquisa científica.
Suzana Francisca da Rocha.

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