domingo, 10 de junho de 2012

Reflexão livre da Mesa 04 sobre “Acesso à informação, sustentabilidade e relações de gênero”


Fonte: Metodologia em Ciência da Informação

      
       A conferência 04, realizada no dia 06 de junho do presente ano, pertinente ao Encontro Latino-Americano de Mulheres discutiu temas relacionados ao acesso à informação em diversos “segmentos”. As palestrantes discutiram assuntos os seguintes assuntos:

·      A educomunicação como incentivo à cidadania sustentável - Sucena Shkrada Resk;
·   A comunicação da sustentabilidade na era das redes sociais: o exemplo do “Veta, Dilma” – Carolina Stanisci;
·    Cidades inteligentes: atuar sobre causas X remediar sintomas – Soninha Francine;
·     Estruturas de contrapoder: ocupando e criando novos espaços de decisão – Lilian Avivia Lubochinski.
    
        Muitas vezes a temática “acesso à informação” é analisada e discutida sob o viés da disponibilização, uso e suprimento de uma necessidade informacional, seja no âmbito organizacional, acadêmico, científico ou entretenimento. As discussões debatidas na mesa extrapolaram essa compreensão de acesso à informação e aproximou o uso dessa temática ao cotidiano da sociedade como um todo.
    
     A educomunicação, por exemplo, visa a troca de mensagens pela sociedade civil por meio da comunicação, considerando vários “canais”, ou seja, é um tipo comunicação que tem como objetivo promover a educação popular utilizando outras formas além das tecnologias existentes. É uma iniciativa cuja intenção é possibilitar o acesso a informação a todo tipo de público, permitindo a toda a população liberdade de escolha e participação nesse processo comunicativo. O interessante aqui é a utilização de vários canais a fim de permitir a comunicação e indiretamente o aprendizado, e quem participa não é passivo, o qual só recebe informações. Todos podem contribuir na tentativa de formar um processo cíclico de aprendizagem em que quem absorve conhecimento é ativo.
     
      Outra forma de ver o acesso a informação foi apresentado por Carolina Staninsci com a temática “descomplicar”. A linguagem com a qual as informações são disponibilizadas ou até mesmo o foco, a relevância dada á ela pode corroborar para a incompreensão ou desconhecimento da mesma. A palestrante utiliza as redes sociais (como Facebook e Twitter as quais permitem acesso atualizado, compartilhamento e produção da informação) para apresentar em uma linguagem mais clara, de forma que qualquer pessoa compreenda, notícias e outras informações divulgadas na mídia, e expõem muitas outras as quais são “ignoradas” pelos veículos de comunicação. Essa iniciativa permite o acesso à informação de forma não somente ao acesso em si, mas também ao entendimento, compreensão dos fatos a fim de permitir um pensamento crítico ou mesmo uma reflexão ao que é veiculado.
    
     Soninha Francine abordou o tema sustentabilidade sob a ótica do planejamento de cidades as quais “permitam” o desenvolvimento das atividades normais de uma cidade integradas com a redução dos níveis de poluição e de agressão ao meio ambiente. Mas nesse discurso foi tocado algo que tange o acesso à informação: as cidades não disponibilizam ou de forma escassa informações básicas, utilitárias tanto para a população quanto para turistas, principalmente em cidades cuja economia não se baseia nesse ramo. E de fato muitas cidades falham quanto a disponibilização de informação sobre transporte público, placas indicando localização de bairros, localização locais importantes (como teatros, museus, bibliotecas, parques, etc.), localização de serviços (postos policiais, hoteis, hospitais, etc.).
Fonte: Usabilidoido
     
    Enfim, o acesso à informação pode possibilitar autonomia, liberdade de expressão, aprendizado e uma posição ativa perante a sociedade sejam por meio de recursos tecnológicos ou não. O meu projeto de dissertação visa justamente analisar a interação humano-computador em uma interface de periódico científico eletrônico a fim de verificar a interação entre usuário e interface e até que ponto a interface promove essa liberdade e autonomia para navegar na página. No entanto, fatores como a divulgação do periódico e avaliação de recursos que possibilitem a comunicação entre o usuário e a revista não são considerados na idealização do projeto. Talvez esses fatores poderiam ser considerados na discussão final do trabalho, no sentido de contribuir para uma futura reformulação da interface a qual pudesse contemplar diversos aspectos e indiretamente dinamizar a estrutura rígida desses periódicos.

Suzana Francisca da Rocha
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